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domingo, 05 abril 2015 18:43

A curta guerra de Augusto Pires

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O jovem Augusto Pires partiu para a guerra em França em Novembro de 1917. Em Janeiro de 1918, era colocado no Regimento de Infantaria 17, duramente atacado na batalha de La Lys. Na fuga a um ataque de gás, retirou a máscara, gesto que se revelaria fatal.
José Sepúlveda fez chegar até nós a sua homenagem ao avô da esposa, Amy Dine. Com um claro gosto pela investigação histórica e genealógica da sua família, José Sepúlveda conta-nos agora a história do médico Carlos Cipriano Ghira Dine, que esteve na Frente Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial.
Seu avô contou-lhe muitas histórias. Enquanto descansava, Alfredo Francisco Pereira deixava a voz e a mente divagar pelas suas memórias de quando esteve a combater por Portugal, lá longe, em terras de França. Ali viveu e ali foi feito prisioneiro e levado para a Alemanha. Sua neta, Rosa Margarida, registou as memórias das memórias. Aqui deixamos o seu relato, que chegaram até nós, e que pensamos ser uma forma de arrancar ao esquecimento a vida e os perigos passados por mais um combatente português na Grande Guerra. 
Ana Paula Pereira sabia que o seu avô Manuel Francisco tinha combatido na Primeira Guerra Mundial. Contudo, desconhecia o seu percurso naquele conflito mundial. Aos poucos descobriu a passagem dele por África e por França, continuando a angariar informação sobre a presença de Manuel nesta grande conflagração, a qual agora evocamos no seu centenário. 
Helena Cordeiro veio até aos Dias da Memória colocar um rosto em mais um nome. Fortunato António Ferrinho, sargento beirão, escrevia postais de uma aparente normalidade, que os seus relatos posteriores viriam a desmentir. Em Janeiro de 1918, achava que estava prestes a vir visitar a mulher, quando ficou a saber da chegada de Sidónio Pais ao poder. Acabaria assim por participar em La Lys.
Victor Neto, coleccionador e familiar de dois combatentes da Grande Guerra, trouxe à Assembleia da República em Lisboa, nos Dias da Memória, um fenomenal espólio e, entre as diversas fotografias, uma, de grupo, que muito nos intrigou. O que se escondia por detrás do olhar daqueles militares? Descubramos agora mais uma história e memória de homens com diferentes passados unidos num mesmo lugar, tudo por causa da guerra. 
Victor Neto recorda-se bem de Joaquim Neto. Contudo, também sabe que o mesmo nunca falou nada sobre o seu percurso na Grande Guerra. Com uma fotografia de Joaquim nas mãos, entre outros objectos e fotografias que transportava, pertencentes a outros combatentes, Victor Neto dirigiu-se à Assembleia da República aos Dias da Memória. Gostaria de saber um pouco mais sobre a vida destes homens. E, em relação a Joaquim Neto o pedido era especial... Afinal e contas, Joaquim era o seu avô.
Nos Dias da Memória chegou até nós, através das visitas de muitos contribuintes e familiares à Assembleia da República, material do mais diverso, dos objectos aos documentos, dos livros aos documentos e impressões dos cenários de guerra. Entre os mais diversos contributos, Victor Neto trouxe-nos os desenhos do padrinho da sua esposa, Porfírio Hipólito Azevedo da Fonseca, o qual conheceu mas do qual pouco nos sabe contar. Esse é o próximo passo, descobrir quem foi este combatente, foco da memória que tentaremos resgatar. 
Diogo Ferreira trouxe aos Dias da Memória uma fotografia que lhe foi concedida, há muitos anos, pela familiar de João Francisco Pereira, o soldado retratado. Agora, chegou a hora de deixar a mesma sair da gaveta, recordando-nos de mais um rosto português na Primeira Guerra Mundial.