Reza a história que Luís António Martins Raposo, combatente na Grande Guerra, médico português na Frente Ocidental, depois de se licenciar, apaixonou-se e começou a namorar com a avó de Miguel Raposo, que nos conta agora esta história. Antónia, sua noiva, ao ver que o seu prometido, o menino Luís, agora médico, era enviado para a guerra, sem que ela pudesse fazer alguma coisa, resolveu recorrer à fé para mantêr o seu coração mais calmo, esperando assim pelo melhor e por um futuro mais promissor.
Temendo pela vida daquele que deveria ser seu futuro marido, e desejando o seu retorno são e salvo, Antónia fez uma promessa à Nossa Senhora da Batalha, existente na capela de Peredo. Assim, a promessa era de que, se ele voltasse salvo, vestiria a Santa da Batalha de cetim e ouro.
Uma vez que José Raposo retornou bem do Front, a promessa foi então pensada e cumprida. Sua noiva terá mandado fazer a Braga ou Penafiel um vestido branco, em cetim, debruado a ouro, e um manto azul para a Nossa Senhora, todo ele debruado a ouro, maravilhosamente trabalhado.
D.ª Maria Sequeira contou esta história ao neto do casal, e referiu a Miguel Raposo que a soma gasta foi elevada. Numa das festas de Peredo, a Nossa Senhora saiu então com as suas roupagens ricas, debruadas a ouro, cumprindo-se a promessa.
As fotografias mostram-nos, agora, às mãos da sua guardiã, D.ª Maria Sequeira, o fruto desta promessa, fotografado pelo neto do combatente e daquela que, recusando-se desistir da sua fé, e crendo na Nossa Senhora, assim a fez e assim a cumpriu.
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