Maria Teresa Pissarra sentiu que, também o seu avô merecia ser recordado fora do seu ambiente familiar, pelo seu papel na Primeira Guerra Mundial, ainda tão desconhecido para tantos portugueses. Em posse da sua ficha de combatente, obtida no Arquivo Histórico Militar, Maria Teresa consegue entender agora um pouco mais da história de um homem que nunca falou sobre a sua presença no conflito. O silêncio foi ouro e prata na vida de António Jerónimo, pelo menos no que dizia respeito à sua partida para França.
Maria Teresa recorda-se bem do avô, e tinha algumas coisas para nos contar:
«Em memória do meu avô venho apresentar esta breve súmula do seu percurso pela 2ª divisão do CEP, no 6º G.B.A (Grupo de Baterias de Artilharia).
O seu nome, na Caderneta Militar aparece como António Jerónimo, mas na realidade todas as pessoas o conheciam por Francisco. Segundo dizem, a minha bisavó não terá querido fazer a desfeita ao padrinho, de nome António e terá julgado que ser António nos documentos oficiais e Francisco na gíria não teria problema. Por isso na pequena aldeia onde nasceu – Carreiras (freguesia de Carvoeira, concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa) todos o conheciam por Sr. Francisco.
O meu avó embarcou para França em 08/08/1917, como “soldado condutor nº 680”, tomou parte na batalha de La-Lys em 09/04/1918 e regressou em 4/5/1919. Durante este período de tempo de 21 meses, teve uma licença de campanha por 10 dias, entre 16/02/1918 e 26/02/1918.
Quando embarcou para França tinha 24 anos, era casado e tinha um filho com 4 meses. Regressou bem, sem os chamados efeitos “gaseados”. Faleceu com 92 anos sem nunca ter falado acerca do tempo passado na 1ª Guerra Mundial.»
Hoje, a sua neta trás-nos algumas fotografias de António Jerónimo, para quem o conhecia o Senhor Francisco. Com os seus camaradas e individualmente, são um testemunho igualmente silencioso da sua passagem por um dos conflitos mais bárbaros e terríveis de todos os tempos... Também ele silencioso e muito esquecido. Agora, cumpre-nos ir resgatando a memória de homens como António Jerónimo que, com os anos, continuaram a guardar em si as suas vivências e as suas experiências durante a Primeira Guerra Mundial.
Maria Teresa recorda-se bem do avô, e tinha algumas coisas para nos contar:
«Em memória do meu avô venho apresentar esta breve súmula do seu percurso pela 2ª divisão do CEP, no 6º G.B.A (Grupo de Baterias de Artilharia).
O seu nome, na Caderneta Militar aparece como António Jerónimo, mas na realidade todas as pessoas o conheciam por Francisco. Segundo dizem, a minha bisavó não terá querido fazer a desfeita ao padrinho, de nome António e terá julgado que ser António nos documentos oficiais e Francisco na gíria não teria problema. Por isso na pequena aldeia onde nasceu – Carreiras (freguesia de Carvoeira, concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa) todos o conheciam por Sr. Francisco.
O meu avó embarcou para França em 08/08/1917, como “soldado condutor nº 680”, tomou parte na batalha de La-Lys em 09/04/1918 e regressou em 4/5/1919. Durante este período de tempo de 21 meses, teve uma licença de campanha por 10 dias, entre 16/02/1918 e 26/02/1918.
Quando embarcou para França tinha 24 anos, era casado e tinha um filho com 4 meses. Regressou bem, sem os chamados efeitos “gaseados”. Faleceu com 92 anos sem nunca ter falado acerca do tempo passado na 1ª Guerra Mundial.»
Hoje, a sua neta trás-nos algumas fotografias de António Jerónimo, para quem o conhecia o Senhor Francisco. Com os seus camaradas e individualmente, são um testemunho igualmente silencioso da sua passagem por um dos conflitos mais bárbaros e terríveis de todos os tempos... Também ele silencioso e muito esquecido. Agora, cumpre-nos ir resgatando a memória de homens como António Jerónimo que, com os anos, continuaram a guardar em si as suas vivências e as suas experiências durante a Primeira Guerra Mundial.
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