Os soldados Cambrenses, como nos referiu Adolfo Tavares Coutinho, chegaram a França com o C.E.P. em Fevereiro de 1917. Segundo uma notícia publicada no jornal «O Povo de Cambra» a 6 de Março de 1917, encontravam-se na Frente Ocidental vários dos filhos da terra, vindos de locais do concelho de Macieira de Cambra como Castelões, Macieira, Roge e Cepelos. Estes soldados subscreveram e enviaram para o periódico a seguinte carta, com o seguinte texto:
«Os signatários, filhos dessa para nós querida Macieira de Cambra, comunicam às suas famílias que fizeram uma excelente viagem, muito animados, e com muita estima dos seus superiores. Pedem-lhes para que não vivam desanimados, porque brevemente voltarão a essa terra com mais uma honra e uma glória para a Pátria Portuguesa. – França-6-3º-1917».
Adolfo Tavares Coutinho apresenta-nos a foto destes homens, tirada em Agosto de 1917. Tendo estudado os seus percursos de vida, permite-nos agora dar a conhecer um pouco mais dos mesmos, e da camaradagem que unia estes soldados que, em França, permaneceram unidos, na guerra e nos seus infortúnios.
Soldados na fotografia:
Tomás Soares, Manuel José Soares, Belmiro Moreira, Sérgio da Barrila, Bento Henriques e António Soares. Acerca de alguns soldados, Adolfo Tavares Coutinho conseguiu obter mais alguma informação, que nos concede.
Tomás Soares:
Nasceu a 7 de Março de 1893 em Souro. Em 14 de Julho de 1913 assentou praça como recrutado, para servir até aos 45 anos, pertencendo ao contingente de 1913, a cargo do distrito de Aveiro, com o nº 21, presente no Regimento de Infantaria 24. Foi incorporado no 1º batalhão em 13 de Maio de 1914. Pronto da instrução de recruta em 28 de Agosto de 1914. Em 5 de Outubro de 1915 passou à classe de aprendiz de Corneteiro. Em 4 de Dezembro de 1915 passou à classe de soldado, pois não tinha aptidão para tocar corneta. Como parte do Corpo Expedicionário Português embarcou para França em 29 de Julho de 1918. Em 12 de Janeiro de 1919 é considerado incapaz e tem baixa do serviço militar por incapacidade física. Faleceu em 9 de Dezembro de 1963 com 70 anos de idade.
Manuel José Soares
Nasceu a 2 de Fevereiro de 1892 em Burgães, e era irmão de Joaquim Soares, também ele soldado na Grande Guerra. Cumpriu o serviço militar obrigatório e fez parte do C.E.P. entre 1917 e 1918. Foi 1º cabo miliciano territorial, e nessa condição embarcou para França em Fevereiro de 1917. Desembarcaria de novo em Lisboa em 12 de Agosto de 1919. Foi escolhido para participar em desfile da vitória em Londres, após o Armistício. Faleceu em 23 de Fevereiro de 1985.
Belmiro Moreira
Nasceu em Coelhosa, a 4 de Abril de 1891. Fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, e a pensão que lhe era devida, como praça do C.E.P., era recebida pelo seu pai, Gabriel Moreira. Casou depois da guerra, em Novembro de 1919, com Rosa Maria Pinho da Cruz, com a qual teve três filhos.
Bento Henriques
Nascido a 19 de Fevereiro de 1895 em Areias, fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, e a sua pensão como praça do C.E.P. era recebida pela sua esposa, Glória Rosa de Pinha, com a qual tinha já uma filha, Albertina, nascida em 24 de Fevereiro de 1915.
António Soares
Conhecido igualmente por António do Brinco, nasceu a 15 de Fevereiro de 1895 em Areias. Fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, e enquanto servia a pátria no Front, a sua pensão era recebida pela mãe, Justa Maria Emília da Costa. Casou com Maria Augusta Soares da Silva e tiveram dois filhos. Com a sua esposa foram caseiros das terras da Casa das Figueiras, em Cambril. Era igualmente pedreiro, e como tal trabalhou no Santuário de Nossa Senhora da Saúde da Serra, em Gestoso. Depois de Cabril, morou numa casa no Mártir, onde tiveram uma padaria, e onde faleceu a 6 de Fevereiro de 1967.
Soldados na fotografia:
Tomás Soares, Manuel José Soares, Belmiro Moreira, Sérgio da Barrila, Bento Henriques e António Soares. Acerca de alguns soldados, Adolfo Tavares Coutinho conseguiu obter mais alguma informação, que nos concede.
Tomás Soares:
Nasceu a 7 de Março de 1893 em Souro. Em 14 de Julho de 1913 assentou praça como recrutado, para servir até aos 45 anos, pertencendo ao contingente de 1913, a cargo do distrito de Aveiro, com o nº 21, presente no Regimento de Infantaria 24. Foi incorporado no 1º batalhão em 13 de Maio de 1914. Pronto da instrução de recruta em 28 de Agosto de 1914. Em 5 de Outubro de 1915 passou à classe de aprendiz de Corneteiro. Em 4 de Dezembro de 1915 passou à classe de soldado, pois não tinha aptidão para tocar corneta. Como parte do Corpo Expedicionário Português embarcou para França em 29 de Julho de 1918. Em 12 de Janeiro de 1919 é considerado incapaz e tem baixa do serviço militar por incapacidade física. Faleceu em 9 de Dezembro de 1963 com 70 anos de idade.
Manuel José Soares
Nasceu a 2 de Fevereiro de 1892 em Burgães, e era irmão de Joaquim Soares, também ele soldado na Grande Guerra. Cumpriu o serviço militar obrigatório e fez parte do C.E.P. entre 1917 e 1918. Foi 1º cabo miliciano territorial, e nessa condição embarcou para França em Fevereiro de 1917. Desembarcaria de novo em Lisboa em 12 de Agosto de 1919. Foi escolhido para participar em desfile da vitória em Londres, após o Armistício. Faleceu em 23 de Fevereiro de 1985.
Belmiro Moreira
Nasceu em Coelhosa, a 4 de Abril de 1891. Fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, e a pensão que lhe era devida, como praça do C.E.P., era recebida pelo seu pai, Gabriel Moreira. Casou depois da guerra, em Novembro de 1919, com Rosa Maria Pinho da Cruz, com a qual teve três filhos.
Bento Henriques
Nascido a 19 de Fevereiro de 1895 em Areias, fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, e a sua pensão como praça do C.E.P. era recebida pela sua esposa, Glória Rosa de Pinha, com a qual tinha já uma filha, Albertina, nascida em 24 de Fevereiro de 1915.
António Soares
Conhecido igualmente por António do Brinco, nasceu a 15 de Fevereiro de 1895 em Areias. Fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, e enquanto servia a pátria no Front, a sua pensão era recebida pela mãe, Justa Maria Emília da Costa. Casou com Maria Augusta Soares da Silva e tiveram dois filhos. Com a sua esposa foram caseiros das terras da Casa das Figueiras, em Cambril. Era igualmente pedreiro, e como tal trabalhou no Santuário de Nossa Senhora da Saúde da Serra, em Gestoso. Depois de Cabril, morou numa casa no Mártir, onde tiveram uma padaria, e onde faleceu a 6 de Fevereiro de 1967.
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