Esta é uma história de persistência e de liderança. Luís Veríssimo d´Azevedo tinha já uma sólida carreira militar quando partiu para França, para integrar o Corpo Expedicionário Português.
Nascido em Leiria, em 21 de Maio de 1866, na Freguesia da Sé, era filho de Ignácio Ayres d´Azevedo e de Luísa Veríssimo d´Azevedo, embarcando para França já casado, esposo de Júlia da Camara Oliveira d´Azevedo, seu terceiro matrimónio. Iniciaria o seu serviço militar em 21 de Janeiro de 1886, quando se voluntaria para o Regimento de Infantaria 23. Em 1890 seria já aspirante de artilharia, e em 1891 2º tenente na arma de artilharia. Dois anos depois ascenderia a 1º tenente e receberia o seu primeiro louvor em 1896, concedido pelo Rei, , "pelo seu zelo e dedicação como desempenhou o lugar de professor da Escola Central de sargentos da arma de infantaria".
Luís Veríssimo era um louvado professor no seu tempo. Por parecer do Conselho Literário foi promovido a professor proprietário das disciplinas do 6º Grupo no Real Colégio Militar a 21 de Dezembro de 1898. Foi ainda professor na escola de sargentos em Mafra. Em 1906 ascendeu ao posto de Capitão e partiria como Major para França, sendo a sua mudança de posto decretada em 27 de Maio de 1916.
A sua ficha refere que partiria para a frente europeia como membro do Estado Maior de Artilharia. Assim chegou a França, para cumprir o seu dever para com a Pátria, tal como sempre tinha feito.
Luís Veríssimo era um louvado professor no seu tempo. Por parecer do Conselho Literário foi promovido a professor proprietário das disciplinas do 6º Grupo no Real Colégio Militar a 21 de Dezembro de 1898. Foi ainda professor na escola de sargentos em Mafra. Em 1906 ascendeu ao posto de Capitão e partiria como Major para França, sendo a sua mudança de posto decretada em 27 de Maio de 1916.
A sua ficha refere que partiria para a frente europeia como membro do Estado Maior de Artilharia. Assim chegou a França, para cumprir o seu dever para com a Pátria, tal como sempre tinha feito.
Assim, o Major Luís Veríssimo d´Azevedo embarcou para França em 20 de Junho de 1917. Só regressaria a casa três anos depois. Responsável pelo 1º G.B.M., foi nomeado comandante deste grupo de baterias de morteiros em 5 de Setembro de 1917. Gozou uma licença de campanha de 25 dias a partir de 24 de Dezembro de 1917 e em Janeiro do ano seguinte estava de regresso, para continuar o seu trabalho na frente portuguesa.
Esperava-o um comando interino. A sua ficha é clara: "Passou a exercer interinamente as funções de comandante de artilharia da 1ª Divisão desde 29 do mesmo mês", ou seja, 29 de Janeiro de 1918. A 24 de Fevereiro terminaria o seu dever nestas funções, retornando ao seu posto, mas deixando-nos provas claras de que era tido como pessoa de confiança para chefiar grandes unidades do C.E.P. A 16 de Fevereiro veria o seu esforço e trabalho recompensado com uma elevação de posto, passando então a ser Tenente-coronel. Contudo, seria ainda louvado pelo seu importante trabalho, comando e esforço, tidos no mês de Março, mês decisivo, no qual os alemães decidem iniciar fortes bombardeamentos às linhas portuguesas e inglesas, tentando romper as mesmas e obrigar os Aliados a um recuo que lhes permitiria ganhar a guerra. O conflito aumentava de intensidade, e o seu papel foi de grande importância durante aqueles tempos.
Segundo seu sobrinho-bisneto, conta-se que o Tenente-coronel Luís Veríssimo d´Azevedo teria conseguido manobrar a sua artilharia, que comandava, por forma a disparar sobre tropas em combate, nas quais se incluiriam soldados portugueses, mas atingindo e manietando apenas forças inimigas, não provocando baixas entre os soldados do Corpo Expedicionário Português. Esta história surge confirmada na sua ficha de combatente, em duas intervenções suas, ambas no já fatídico mês de Março. Refere a mesma:
"Louvado pela forma como executou o bombardeamento das posições inimigas pelas 5 horas do dia 9 de Março, neutralizando a maior parte das baterias, pela excelente preparação do raid, pela maneira como as baterias do seu comando fecharam a barragem a coberto da qual a infantaria pôde operar."
O mesmo texto é referenciado para o dia 19 de Março, ou seja, outro raid, outro ataque aos inimigos, dez dias depois. Outro ataque, o mesmo sucesso, igualmente louvavel, comprovando ainda a história que chegou até nós, trazida pelo seu familiar. Luís Veríssimo d´Azevedo tomou ainda parte da acção a 9 de Abril. Por tal voltaria a ser louvado, desta vez através de condecorações diversas, recebendo a medalha comemorativa da campanha de França, uma condecorado ofertada pelo Rei Jorge V de Inglaterra, a Croix de Guerre avec Palme e uma «Citation a L'Armée" do Marechal Pétain. Receberia ainda em 3 de Maio de 1920 a condecoração com a medalha inglesa "officer of the British Empire".
Foi nomeado presidente do juri do Tribunal de Guerra em 24 de Junho de 1918, cargo que exerceu até 12 de Julho daquele ano. Ainda em França foi nomeado Professor do 7º Grupo do Colégio Militar (15 de Fevereiro de 1919) referindo o documento que foi "nomeado professor do 7º Grupo de Disciplina", o que seria confirmado por uma Ordem de Serviço de 28 de Fevereiro de 1919. A 30 de Novembro recebeu diploma de louvor atribuido pelo Corpo Expedicionário Francês.
Condecorado em Portugal e no Estrangeiro, foi sempre "louvado pela inteligência e actividade que tem empregado na Direcção dos serviços a seu cargo, mostrando ser um oficial zeloso, muito competente, muito cumpridor, energico e disciplinador". Razão pela qual ainda foi, na recta final da sua presença na Grande Guerra, nomeado comandante militar de Cherbourg, para onde marcharam em 11 de Julho tropas portuguesas, segundo o mesmo documento. Trabalharia ainda em França até 1920, estando provavelmente envolvido no repatriamento dos combatentes para Lisboa, pelo que só embarcou de regresso em 8 de Fevereiro de 1920, voltando a Lisboa a bordo do navio Pedro Nunes.
Condecorado em Portugal e no Estrangeiro, foi sempre "louvado pela inteligência e actividade que tem empregado na Direcção dos serviços a seu cargo, mostrando ser um oficial zeloso, muito competente, muito cumpridor, energico e disciplinador". Razão pela qual ainda foi, na recta final da sua presença na Grande Guerra, nomeado comandante militar de Cherbourg, para onde marcharam em 11 de Julho tropas portuguesas, segundo o mesmo documento. Trabalharia ainda em França até 1920, estando provavelmente envolvido no repatriamento dos combatentes para Lisboa, pelo que só embarcou de regresso em 8 de Fevereiro de 1920, voltando a Lisboa a bordo do navio Pedro Nunes.
A sua carreira militar terminaria com a reforma em 1936. Quanto à sua presença na Grande Guerra, foi longa e duradoura. Os louvores demonstram que Luís Veríssimo era um homem cumpridor e persistente, que sabia comandar e defendia com zelo a presença portuguesa no Front. Passados muitos anos, viria a falecer a 31 de Maio de 1942, na Quinta dos Frades, em Ferreiros (Pousos – Leiria) com 76 anos de idade. Só então podemos verdadeiramente dizer que acabaria a luta deste grande homem. Só então terminaria a sua história, que agora nos é contada por Ricardo Charters d´Azevedo, para que nos possamos lembrar de mais um dos nossos grandes combatentes durante a Primeira Guerra Mundial.
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