Nascido a 30 de Abril de 1895, filho de José Lopes Carvalhinho e de Maria das Dores e natural de S. Tiago, Seia, António Lopes Rodrigues Palma, solteiro, foi recrutado a 30 de Julho de 1915 e, de acordo com a sua folha de matrícula, consultada pelo neto, Vasco Cruz Rodrigues, terá sido incorporado a 15 de Janeiro de 1916 na 12º Companhia do Regimento de Infantaria nº 34, de Mangualde.
Frequentou o curso de 1º cabo, o qual terminou a 18 de Abril de 1916 com distinção, sendo um atirador de Primeira Classe, aptidão especial que lhe era salientada. Em 7 de Dezembro de 1916 passa para a 6ª Companhia do Regimento de Infantaria nº 34, onde foi mobilizado para o Corpo Expedicionário Português. O soldado nº 449 da 2ª Companhia, 3º Batalhão da 1ª Brigada de Infantaria, pertença da 1ª Divisão C.E.P., com a placa nº 10599, embarca para França a 19 de Janeiro de 1917, deixando em casa seu pai e sua mãe. Em Novembro desse mesmo ano encontra colocação no Depósito de Material de Base.
A documentação apresenta dados vários, entre eles um campo de observações, que apresenta indicações relacionadas com a vida na frente de batalha e as suas funções. Para além da colocação no Depósito, referencia os dias de licença de campanha, a forma como foi abatido ao efectivo da sua unidade para regresso a Portugal, onde desembarcou e a data em que o fez. Assim, retornou a Lisboa, ali desembarcando em 23 de Agosto de 1918 para gozar licença de campanha e não retornando à frente de combate. O documento apresentado foi produzido pelos Serviços de Estatística e Estado Civil do C.E.P. em 19 de Março de 1923, sendo que se encontra referenciado como "Visto" pelo seu director em 23 de Março de 1923, como atesta o carimbo e a assinatura. A fotografia apresentada mostra-nos António Lopes Rodrigues Palma fardado e pertenceria à sua folha de matrícula, sendo uma fotografia com fins de identificação do soldado.
De acordo com seu neto, António Lopes Rodrigues Palma terá recebido a medalha comemorativa "França 1917-1918", que relembrava o esforço de guerra dos combatentes. Contudo, não terá ficado muito tempo na Metrópole, tendo, por volta de 1920, partido para Angola, para viver em Luanda.
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