O turismo (e antes dele, o excursionismo e a vilegiatura) foi sempre afectado pelas guerras, uma vez que estas condicionam, directamente, a mobilidade das populações, mas também por lhe poderem trazer novas possibilidades. Desde logo, porque algumas instituições (repartições e associações) acabaram por se mobilizar de modo a oferecer percursos alternativos às regiões envolvidas no confronto, ou promovendo, mesmo, iniciativas que procurassem valorizar o turismo interno.
De resto, os campos de batalha, uma vez assinada a paz, transformam-se muitas vezes, também, em novos locais turísticos (Waterloo, Verdun). O binómio Turismo e Guerra oferece, assim, diversas possibilidades de análise, procurando focar a forma como essa relação, instável, tem vindo a ser alterada em diferentes regiões do Mundo.
Este encontro procura analisar a relação complexa entre turismo, lazer e guerra, considerando as suas múltiplas dinâmicas - políticas, económicas, ideológicas, religiosas – e geografias, abordando-as num período temporal que vai desde o final do século XIX, até ao fim do século passado.
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