António dos Santos Gouveia nasceu em 16 de Agosto de 1895, em Parada, Alfândega da Fé, Bragança, filho de Cândido Gouveia e Maria Eufrásia. Solteiro, considerado proprietário, possuindo o seu pedaço de chão e algo de seu, não deixou de ser recrutado para prestar serviço militar, o que o levou a Moçambique durante a Primeira Guerra Mundial.
Recebeu aviso de recrutamento a 28 de Julho de 1915, partindo António para fazer a sua instrução militar no Regimento de Infantaria nº 30, onde se apresentou a 12 de Janeiro de 1916. A actividade de instrução foi concluída a 29 de Abril de 1916, sendo que, tal como nos conta a sua caderneta militar, antes do serviço militar saberia ler e escrever mal, o que foi solucionado com a sua participação num curso de instrução militar, o qual terá concluído em 9 de Setembro de 1916. Embarcou para a Província de Moçambique em 19 de Março de 1917, desembarcando em Macímboa da Praia. Regressou à Metrópole em 20 de Dezembro de 1918, data em que embarcou em Lourenço Marques, chegando a Lisboa a 15 de Janeiro de 1919. Foi licenciado a 6 de Julho e regressou a casa, onde foi domiciliar, regressando para junto dos seus com histórias da sua presença em África.
Segundo história familiar, pouco se sabe do que terá passado ou vivido em Moçambique, mas conhecendo um capelão ou oficial no exército, consta que se terá pedido a sua intervenção para que pudesse prestar serviço numa enfermaria, pelo que teria sido, durante a sua comissão de serviço, enfermeiro. Quem sabe o que o tempo virá a revelar, que pormenores mais podemos saber a passagem deste soldado pela vida militar. Todavia, para a sua família, é inegável que a mesma marcou a sua vida e a Grande Guerra perdura ainda nos seus espíritos.
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