Repórter fotográfico da imprensa no início de 1900, Garcez contribuiu com o seu trabalho para o nascimento do fotojornalismo português. Convidado pelo ministro Norton de Matos, foi o único fotógrafo oficial do Corpo Expedicionário Português entre 1916 e 1921. A sua produção abundante foi utilizada pela imprensa, especialmente a revista Ilustração Portuguesa, e foram publicados álbuns de 72 postais muito divulgados, baseados nas suas fotografias. Depois do Armistício, Garcez registou a participação de batalhões nacionais nas festas da Vitória em Paris, Londres e Bruxelas, em Julho de 1919. Regressado a Portugal, documentou por fim as cerimónias fúnebres dos Soldados Desconhecidos da Europa e África, que tiveram lugar em Lisboa e no mosteiro da Batalha, a 9 e 10 Abril de 1921. Abandonou a reportagem fotográfica em 1923.
GARCEZ, Arnaldo (1885-1964)
Foi o único repórter fotográfico a registar a experiência de guerra do Corpo Expedicionário Português em França, assegurando o Serviço Fotográfico do Exército entre 1916 e 1921.
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