Aquando da chegada a Lisboa do soldado desconhecido proveniente de África, Portugal tinha igualmente preparado a trasladação para a capital de outro dos seus homens, um outro militar anónimo, que morrera no palco europeu da guerra. Era necessário contemplar tanto um como o outro cenário da conflagração, pela importância que ambos tiveram. E se forças expedicionárias foram enviadas para África, para defesa das colónias, foram igualmente enviados homens para a Europa, o Corpo Expedicionário Português, deliberadamente criado pela República Portuguesa para partir para França e se juntar ao combate, apoiando os Aliados.
O Soldado Desconhecido de França foi assim trasladado para Portugal alguns dias antes da cerimónia fúnebre e patriótica que teria lugar em Lisboa e na Batalha. Os seus restos mortais partiram de França, tendo sido embarcados no porto de Havre, e transportados para solo pátrio no navio Porto. Este terá atracado no Cais de Santos no dia 6 de Abril de 1921. Quando o navio que o transportava chegou perto da costa portuguesa, mais propriamente à zona do Cabo da Roca, foi então escoltado pelo NRP Guadiana, contratorpedeiro pertencente à Marinha Portuguesa, que homenageava desta forma o combatente do C.E.P. que o Porto transportava no seu interior.
Todavia, as homenagens não ficariam por esta escolta, efectuada ainda em mar aberto. Quando chegou ao cais, o Soldado Desconhecido de França tinha à sua espera uma guarda de honra com coroas e palmas, que serviriam igualmente de tributo merecido a outros três soldados que o acompanhavam, todos identificados, e também eles falecidos no palco de guerra europeu. A imprensa da época acompanhou todo o cerimonial efectuado, na doca e fora dela, com o transporte do seu féretro pela capital e trasladação do mesmo para junto do seu irmão de armas, proveniente de África. Assim, este soldado foi conduzido para o Arsenal da Marinha, para a Casa da Balança, onde já se encontrava o militar falecido na defesa das colónias, sendo ambos velados durante a noite e transferidos no dia 7 de Abril para o Palácio do Congresso, o actual edifício do Parlamento em São Bento.
Ali, ambos os ataúdes, adornados de flores e bandeiras, foram velados pelas forças militares do país. Foram visitados pelas missões estrangeiras, que vieram a Portugal, como a Italiana ou a Americana, estando igualmente presentes o Presidente da República, o Ministro da Guerra, membros do Governo, deputados e senadores, assim como representantes da Igreja e até mesmo D. José do Patrocínio Dias, chefe do Corpo de Capelães na frente portuguesa. O cortejo que se seguiu foi triunfal e acompanhado pela população. De Lisboa, os corpos foram transportados para a Batalha, onde ainda hoje permanecem, sob a vigilância de um fogo eterno que os ilumina, e uma Guarda de Honra em perpétua vigilância.
O Soldado Desconhecido de França foi assim trasladado para Portugal alguns dias antes da cerimónia fúnebre e patriótica que teria lugar em Lisboa e na Batalha. Os seus restos mortais partiram de França, tendo sido embarcados no porto de Havre, e transportados para solo pátrio no navio Porto. Este terá atracado no Cais de Santos no dia 6 de Abril de 1921. Quando o navio que o transportava chegou perto da costa portuguesa, mais propriamente à zona do Cabo da Roca, foi então escoltado pelo NRP Guadiana, contratorpedeiro pertencente à Marinha Portuguesa, que homenageava desta forma o combatente do C.E.P. que o Porto transportava no seu interior.
Todavia, as homenagens não ficariam por esta escolta, efectuada ainda em mar aberto. Quando chegou ao cais, o Soldado Desconhecido de França tinha à sua espera uma guarda de honra com coroas e palmas, que serviriam igualmente de tributo merecido a outros três soldados que o acompanhavam, todos identificados, e também eles falecidos no palco de guerra europeu. A imprensa da época acompanhou todo o cerimonial efectuado, na doca e fora dela, com o transporte do seu féretro pela capital e trasladação do mesmo para junto do seu irmão de armas, proveniente de África. Assim, este soldado foi conduzido para o Arsenal da Marinha, para a Casa da Balança, onde já se encontrava o militar falecido na defesa das colónias, sendo ambos velados durante a noite e transferidos no dia 7 de Abril para o Palácio do Congresso, o actual edifício do Parlamento em São Bento.
Ali, ambos os ataúdes, adornados de flores e bandeiras, foram velados pelas forças militares do país. Foram visitados pelas missões estrangeiras, que vieram a Portugal, como a Italiana ou a Americana, estando igualmente presentes o Presidente da República, o Ministro da Guerra, membros do Governo, deputados e senadores, assim como representantes da Igreja e até mesmo D. José do Patrocínio Dias, chefe do Corpo de Capelães na frente portuguesa. O cortejo que se seguiu foi triunfal e acompanhado pela população. De Lisboa, os corpos foram transportados para a Batalha, onde ainda hoje permanecem, sob a vigilância de um fogo eterno que os ilumina, e uma Guarda de Honra em perpétua vigilância.
Margarida Portela (IHC)
Cite como: Margarida Portela, "O Soldado Desconhecido de França", A Guerra de 1914 - 1918, www.portugal1914.org
Cite como: Margarida Portela, "O Soldado Desconhecido de França", A Guerra de 1914 - 1918, www.portugal1914.org
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