Poeta maior da língua portuguesa (“Minha pátria é a língua portuguesa”), considerado um dos maiores de sempre, ganhou a vida como redactor e tradutor em casas comerciais da baixa lisboeta. Num ano trágico para a Europa, 1914, criou os seus principais heterónimos (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis), atribuindo a cada um deles os textos de acordo com a personalidade, as ideias e o estilo literário de cada autor. O célebre Livro do Desassossego, atribuído a Bernardo Soares, só seria publicado postumamente. Em 1915, criou com Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e outros poetas a revista emblemática Orpheu, símbolo do modernismo nacional e da renovação literária conseguida, muito influente na poesia desde então. Colaborando doravante em várias revistas, e criando outras, publicou em 1934 o seu único livro de poesia em português, Mensagem, onde interpreta os temas de Os Lusíadas segundo um nacionalismo místico. Foi ainda um importante pensador, criando estilos e conceitos como o de sensacionismo. A célebre frase que inventou resume a filosofia da arte a que dedicou toda a sua vida: “Sentir tudo de todas as maneiras”.
PESSOA, Fernando (1888-1935)
Conhecido igualmente pelos seus heterónimos, Fernando Pessoa é considerado o Poeta Maior da Língua Portuguesa.
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