HIPÓLITO, Abel
A 29 de Dezembro de 1916, Abel Hipólito embarcou em Lisboa com destino a França onde seria graduado em general a 7 de Fevereiro de 1918.
Filho de José Maria do Amaral Hipólito e de Antónia Emília Ferreira, nasceu em Viseu a 13 de Fevereiro de 1860. Foi incorporado no Regimento de Infantaria n.º 14 a 3 de Agosto de 1877, onde prestou serviço como praça até 15 de Julho de 1880, momento em que seria promovido a alferes aluno. No mesmo ano frequentou o curso preparatório para a Arma de Artilharia na Escola Politécnica e a 18 de Novembro matriculou-se na Escola do Exército. A 18 de Janeiro de 1883 concluiu o curso da Arma de Artilharia e foi promovido a alferes. A 28 de Janeiro de 1885 foi promovido a tenente e passou a prestar serviço no Regimento de Artilharia de Campanha. A 27 de Julho do ano seguinte seria transferido para a Brigada de Artilharia n.º 2. A 31 de Junho de 1891 ascendia ao posto de capitão e era colocado no Regimento de Artilharia de Montanha onde assumiria o cargo de diretor da Escola Regimental até 12 de Fevereiro de 1894, voltando a ser colocado no Regimento de Artilharia n.º 2. Entre 1904 e 1908 voltou a desempenhar, por diversos momentos, o cargo de diretor da Escola Regimental. A 6 de Maio de 1909 foi promovido a major e passou a prestar serviço no Grupo de Artilharia de Montanha. No ano seguinte seria considerado “Herói da República” pela sua ação meritória no derrube da Monarquia quando comandante do Regimento de Artilharia n.º 8. A 31 de Junho de 1911 seria promovido a tenente-coronel e dois anos depois a coronel assumindo o cargo de comandante do Regimento de Artilharia n.º 8. Em 1914, desempenhava funções de professor na Escola Central de Oficiais mas que teve de abandonar para integrar o Corpo Expedicionário Português. A 13 de Dezembro de 1916, em Abrantes, participou no movimento militar que subjugou a revolta chefiada por Machado Santos contra a República Portuguesa. A 29 de Dezembro de 1916 embarcou em Lisboa com destino a França onde seria graduado em general a 7 de Fevereiro de 1918 e promovido a 24 de Abril do ano seguinte. A 16 de Abril de 1919 assumiu o comando da 1ª Divisão do Exército e a 7 de Junho abandonaria esse cargo para exercer o cargo de comandante da Escola Militar. Nesta qualidade seria nomeado presidente da comissão responsável por elaborar um relatório cujo propósito era recompensar os militares que se distinguiram nas ações contra a fação monárquica do norte que ocorreram nos meses de Janeiro e Fevereiro de 1919. Grande defensor dos valores republicanos, desempenhou importantes cargos durante a Primeira República Portuguesa, incluindo o de Ministro do Interior entre 23 de Maio e 30 de Agosto de 1921 no 26º Governo Provisório de Tomé de Barros Queirós. No mês seguinte presidiria à comissão responsável por angariar fundos para a construção de um monumento destinado à evocação de memória dos Portugueses mortos na Grande Guerra. A 29 de Outubro de 1924, integrou a comissão destinada a estudar as reclamações feitas sobre as recompensas atribuídas por serviços prestados na Grande Guerra – Europa e África – e propor uma melhor solução. No ano seguinte faria parte de outra comissão destinada a analisar os relatórios sobre as ações militares que terminaram com a insurreição monárquica de 18 e 19 de Julho do mesmo ano e recompensar os seus intervenientes. A 27 de Outubro de 1928 preside à comissão responsável por proceder aos trabalhos históricos sobre o Corpo Expedicionário Português. Morreu em Sintra a 12 de Outubro de 1929.
Informação Adicional
- Ano de nascimento: 1860
- Ano de morte: 1929
- Cargo: Comandante da 1ª Divisão do Exército; Ministro do Interior
- Área profissional: Militar
- Título: Um “Herói da República”
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