ANTUNES, João do Canto e Castro Silva

João do Canto e Castro Silva Antunes era contra-almirante quando ocupou funções como Secretário de Estado da Marinha, durante o sidonismo. Mais tarde seria eleito Presidente da República.
Nasceu em 1862. Filho de um general, seguiu também vida militar mas na Armada, sendo esse um dos dois motivos que levaram o Presidente da República, Sidónio Pais, a convidá-lo para o cargo de secretário de Estado da Marinha (equivalente a ministro) em Outubro de 1918, era então contra-almirante. Este convite também se prendeu com as suas convicções monárquicas - ainda que fosse considerado um moderado - que permitiriam, por um lado, combater a tradicional implantação republicana na Armada e por outro, ser bem aceite num Governo sidonista numa época em que este se afastava do centro e se aproximava cada vez mais da direita e ultradireita. Mas acabaria por ocupar a pasta da Marinha por um curto período, de 9 de Outubro a 14 de Dezembro de 1918, data em que o assassínio de Sidónio Pais conduziu à queda do elenco governamental. Canto e Castro foi então escolhido para suceder a Sidónio Pais o que, ironicamente, conduziu à Presidência da República um monárquico pouco tempo antes convencido a integrar um Governo. O contexto de agitação política então vivida dificultou o exercício do cargo, marcado por revoltas militares, greves e sucessivas constituições e quedas de governos. Acabaria por substituído na Presidência da República, por António José de Almeida, eleito a 5 de Outubro de 1919. Foi também governador de Lourenço Marques e de Moçâmedes na década de 90 do século XIX. Morreu em 1934.

Informação Adicional

  • Ano de nascimento: 1862
  • Ano de morte: 1934
  • Cargo: Secretário de Estado da Marinha
  • Área profissional: Militar
  • Título: O monárquico que foi Presidente da República
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