Thomaz de Mello Breyner foi médico do rei D. Carlos e um dos principais clínicos lisboetas até à década de 1930. Apesar de monárquico foi, pelas suas qualidades humanas e de clinico convidado a encabeçar a formação sanitária da Cruz Vermelha que deveria partir para França em Março de 1917. Nesse contexto é promovido a major na reserva. Pelo seu diário sabemos que Mello Breyner não estava contente com este convite já que se sentia velho e doente devido aos seus diabetes. Assume, no entanto a tarefa como um dever. A escolha dos que o vão acompanhar é criteriosa e no seu diário refere que apesar de ter imensos pedidos de pessoas que querem participar só vai escolher os melhores.Como primeiro cirurgião a sua escolha recai em Alberto de Azevedo Gomes que «que tantas e tão boas qualidades tem. Além de tudo mais é um gentleman o que tem a maior importância para estas missões.».
O destino, porém conspirou a seu favor e na véspera da partida é informado que o ministro de França em Lisboa não tinha querido visar-lhe o seu passaporte diplomático. Não são claras as razões porque o representante francês teve esta atitude e que foi no dia seguinte revogada com um pedido de desculpas. Thomaz de Mello Breyner é que não quis saber de justificações e, aproveitou o incidente para ficar em Lisboa. No seu diário escreverá « A verdade é que a missão a França tem de arranjar outro chefe. Desde que ao meu sacrifício tremendo se corresponde com uma dúvida sobre a minha pessoa não há força que me faça partir.».
Dias depois a equipa partia sem ele e nem os inúmeros telegramas expedidos de Madrid a implorar a sua comparência o fizeram mudar de ideia. Aconselhará, então que o substituam por Jorge Cid que «È inteligente é teso, falla bem francês e é amigo do João Chagas ministro ali.». Dias depois, aliviado escrevia no seu diário «que bom anjo da guarda eu tenho “ que rica ideia”, bem haja o ministro da França que poz difficuldades no meu passaporte. Que juízo eu tive em não aceitar emendas!»
O destino, porém conspirou a seu favor e na véspera da partida é informado que o ministro de França em Lisboa não tinha querido visar-lhe o seu passaporte diplomático. Não são claras as razões porque o representante francês teve esta atitude e que foi no dia seguinte revogada com um pedido de desculpas. Thomaz de Mello Breyner é que não quis saber de justificações e, aproveitou o incidente para ficar em Lisboa. No seu diário escreverá « A verdade é que a missão a França tem de arranjar outro chefe. Desde que ao meu sacrifício tremendo se corresponde com uma dúvida sobre a minha pessoa não há força que me faça partir.».
Dias depois a equipa partia sem ele e nem os inúmeros telegramas expedidos de Madrid a implorar a sua comparência o fizeram mudar de ideia. Aconselhará, então que o substituam por Jorge Cid que «È inteligente é teso, falla bem francês e é amigo do João Chagas ministro ali.». Dias depois, aliviado escrevia no seu diário «que bom anjo da guarda eu tenho “ que rica ideia”, bem haja o ministro da França que poz difficuldades no meu passaporte. Que juízo eu tive em não aceitar emendas!»
Margarida Magalhães Ramalho (IHC)
Cite como: Margarida Magalhães Ramalho, "Thomaz de Mello Breyner e a Grande Guerra", A Guerra de 1914 - 1918, www.portugal1914.org
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