O Corpo Expedicionário Português começou por adoptar a organização de uma divisão reforçada à semelhança do modelo organizativo português constituído por três brigadas, sendo cada uma delas composta por dois regimentos de infantaria a três batalhões. Contudo, como o CEP iria ser integrado no 1º Exército Britânico cujas divisões eram menores do que as portuguesas, determinou-se aumentar o escalão do CEP transformando-o em Corpo de Exército a duas divisões igual ao modelo inglês. Independentemente, outros pequenos acertos, foram aumentados seis novos batalhões de infantaria que se juntaram aos dezoito já existentes. Com os vinte e quatro Batalhões foram organizadas seis Brigadas (três em cada divisão), extinguindo-se o escalão intermédio de regimento.
Com essas alterações o Corpo Expedicionário Português ficaria organizado da seguinte maneira:
Quartel-General do Corpo;
Quartel-General da 1ª Divisão;
Quartel-General da 2ª Divisão.
Com essas alterações o Corpo Expedicionário Português ficaria organizado da seguinte maneira:
Quartel-General do Corpo;
Quartel-General da 1ª Divisão;
Quartel-General da 2ª Divisão.
a) Infantaria:
A Infantaria era formada por seis brigadas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª Brigadas, cada uma com um quartel-general, quatro batalhões de infantaria, uma bateria de metralhadoras pesadas e uma de morteiros ligeiros de trincheira de 75 mm (Stocks).
Corpo Expedicionário Português |
1ª Divisão |
1ª Brigada |
Batalhão Infantaria n.º 21 |
Covilhã |
Batalhão Infantaria n.º 22 |
Portalegre |
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Batalhão Infantaria n.º 28 |
Figueira da Foz |
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Batalhão Infantaria n.º 34 |
Mangualde |
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2ª Brigada |
Batalhão Infantaria n.º 7 |
Leiria |
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Batalhão Infantaria n.º 23 |
Coimbra |
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Batalhão Infantaria n.º 24 |
Aveiro |
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Batalhão Infantaria n.º 35 |
Coimbra |
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3ª Brigada |
Batalhão Infantaria n.º 9 |
Lamego |
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Batalhão Infantaria n.º 12 |
Guarda |
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Batalhão Infantaria n.º 14 |
Viseu |
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Batalhão Infantaria n.º 15 |
Tomar |
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2ª Divisão |
4ª Brigada |
Batalhão Infantaria n.º 3 |
Viana do Castelo |
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Batalhão Infantaria n.º 8 |
Braga |
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Batalhão Infantaria n.º 20 |
Guimarães |
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Batalhão Infantaria n.º 29 |
Braga |
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5ª Brigada |
Batalhão Infantaria n.º 4 |
Faro |
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Batalhão Infantaria n.º 10 |
Bragança |
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Batalhão Infantaria n.º 13 |
Vila Real |
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Batalhão Infantaria n.º 17 |
Beja |
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6ª Brigada |
Batalhão Infantaria n.º 1 |
Lisboa |
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Batalhão Infantaria n.º 2 |
Lisboa |
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Batalhão Infantaria n.º 5 |
Lisboa |
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Batalhão Infantaria n.º 11 |
Évora |
b) Artilharia
A Artilharia era constituída por grupos e baterias e englobava as baterias dos morteiros de trincheira, morteiros médios e morteiros pesados:
- 1º, 2º, 3º, 4 º, 5º e 6º grupos de baterias de artilharia, cada um englobando três baterias de peças de 75 mm e uma de obuses de 114 mm;
- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª baterias de morteiros médios de 152 mm;
- 1ª e 2ª baterias de morteiros pesados de 236 mm.
c) Engenharia
A Engenharia compreendia os telegrafistas de campanha e as companhias de pioneiros. Estas tinham sido formadas pelos pelotões de sapadores dos batalhões de infantaria a partir dos quais se formaram agrupamentos tecnicamente sob os comandos de engenharia das divisões:
- Companhia de telegrafistas de corpo;
- 1ª e 2ª Companhias Divisionárias de Telegrafistas;
- Secção de telegrafia sem fios com duas subsecções divisionárias;
- 1ª e 2ª Companhias de sapadores de corpo;
- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª Companhias Divisionárias de Sapadores Mineiros;
- Secção de pombais militares;
- Batalhão de mineiros;
- 1º e 2º Grupos de Companhias de Pioneiros.
d) Metralhadoras
- 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º Grupos de Metralhadoras, cada um englobando duas baterias de metralhadoras pesadas de 7,7 mm.
- 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º Grupos de Metralhadoras, cada um englobando duas baterias de metralhadoras pesadas de 7,7 mm.
e) Serviço e Saúde
- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Ambulâncias;
- 1ª e 2ª colunas automóveis de transporte de feridos;
- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª secções hipomóveis de transporte de feridos.
- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Ambulâncias;
- 1ª e 2ª colunas automóveis de transporte de feridos;
- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª secções hipomóveis de transporte de feridos.
f) Outros Serviços
- Grupo de esquadrões de cavalaria transformado em grupo de companhias de ciclistas; - 1ª e 2ª secções divisionárias de observadores; - 1ª e 2ª secções móveis veterinárias; - 1º e 2º trens divisionários; - 1º e 2º grupos automóveis; - 1ª e 2ª companhias de serviços auxiliares.
- Grupo de esquadrões de cavalaria transformado em grupo de companhias de ciclistas; - 1ª e 2ª secções divisionárias de observadores; - 1ª e 2ª secções móveis veterinárias; - 1º e 2º trens divisionários; - 1º e 2º grupos automóveis; - 1ª e 2ª companhias de serviços auxiliares.
Base de Retaguarda
Quartel-General da Base. No quartel-general de base encontravam-se os seguintes serviços:
a) Engenharia
- Depósito de material de engenharia;
b) Artilharia
- Depósito de material; - Oficinas de montagem de munições de 75 mm.
c) Cavalaria
- Depósito de cavalaria;
- Depósito de remonta.
d) Infantaria
- Depósito de remonta.
d) Infantaria
- 1º, 2º e 3º Depósitos de infantaria.
e) Serviço de Saúde
- Hospital de sangue; - Hospitais da base; - Estação de evacuação; - Secção de higiene e bacteriologia; - Depósito de convalescentes; - Depósito de material sanitário; - Colunas automóveis de transporte de feridos.
f) Serviços Administrativos
- Lavandarias; - Oficinas de beneficiação de fardamentos; - Deposito de fardamentos e aquartelamento; - Depósito de material de bagagens; - Cantina central.
g) Serviço de transportes automóveis
- Grupos de camiões kelly; - Oficina de reparações.
h) Escolas
- De gases, metralhadoras ligeiras, pesadas, morteiros de trincheiras, sinaleiros, tiro, observação e patrulhas e preparatórios de oficiais milicianos.
i) Diversos serviços
- De expedição de bagagens, registo de perdas, de salvados, oficinas de reparação de máscaras de aparelhos antigás.
Além destas forças incluía outras unidades colocadas sob o comando directo do 1º Exército Britânico:
- O Corpo de Artilharia Pesada, com dois grupos, cada um com uma bateria de obuses de 233 mm, uma bateria de obuses de 202 mm e uma bateria de obuses de 152 mm; - Batalhão de Sapadores de Caminhos-de-ferro; - Companhia de projectores de campanha.
e) Serviço de Saúde
- Hospital de sangue; - Hospitais da base; - Estação de evacuação; - Secção de higiene e bacteriologia; - Depósito de convalescentes; - Depósito de material sanitário; - Colunas automóveis de transporte de feridos.
f) Serviços Administrativos
- Lavandarias; - Oficinas de beneficiação de fardamentos; - Deposito de fardamentos e aquartelamento; - Depósito de material de bagagens; - Cantina central.
g) Serviço de transportes automóveis
- Grupos de camiões kelly; - Oficina de reparações.
h) Escolas
- De gases, metralhadoras ligeiras, pesadas, morteiros de trincheiras, sinaleiros, tiro, observação e patrulhas e preparatórios de oficiais milicianos.
i) Diversos serviços
- De expedição de bagagens, registo de perdas, de salvados, oficinas de reparação de máscaras de aparelhos antigás.
Além destas forças incluía outras unidades colocadas sob o comando directo do 1º Exército Britânico:
- O Corpo de Artilharia Pesada, com dois grupos, cada um com uma bateria de obuses de 233 mm, uma bateria de obuses de 202 mm e uma bateria de obuses de 152 mm; - Batalhão de Sapadores de Caminhos-de-ferro; - Companhia de projectores de campanha.
Bibliografia
Almeida, A. A. (1968). A Artilharia Portuguesa na grande Guerra (1914-1918). Lisboa: Direcção da Arma de Artilharia.
Carvalho, V. (1924). A Divisão Portuguesa na Batalha do Lys. Lisboa: Lusitania Editora.
Fraga, L. A. (1985). A Participação de Portugal na Grande Guerra. In História Contemporânea de Portugal (Dir. João Medina), Primeira República, (tomo II, pp. 34-53). Lisboa: Amigos do Livro, Editores.
Freiria, F. (1918). Os Portugueses na Flandres. Lisboa: Tipografia da Cooperativa Militar.
Marques, I. P. (2004). Memórias do General Fernando Tamagnini (1915-1919) Os Meus Três Comandos. Viseu: Fundação Mariana Seixas.
Martins, A. (1936). As tropas do 1º Grupo de Companhias de Saúde em França na Grande Guerra. Lisboa: Imprensa Beleza.
Trigo. M. D. (1936). A acção do 2º Grupo de Metralhadoras na grande Guerra, em França (1917-1918). Lisboa: Imprensa Beleza.
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Trigo. M. D. (1936). A acção do 2º Grupo de Metralhadoras na grande Guerra, em França (1917-1918). Lisboa: Imprensa Beleza.
José Luís Assis (IHC - CEHFC)
Cite como: José Luís Assis, "Formação do Corpo Expedicionário Português (CEP)", A Guerra de 1914 - 1918, www.portugal1914.org
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