Instituto de História Contemporânea
- Details
- Category: IHC
- Created on 16 July 2012
- Hits: 1205
Call for papers – Conferência Internacional
II Conferência Internacional Greves e Conflitos Sociais
Abordagens cruzadas da conflitualidade
(do século XVIII aos nossos dias)
Maison des Sciences de L’Homme
Dijon, França
15, 16, 17, 18 Maio de 2013
Organização:
Maison de Sciences de L’Homme
International Association Strikes and Social Conflicts
Comité organizador : Serge Wolikow, Jean-Marc Bourgeon, Nélia Roulot, Raquel Varela, Sjaak van der Velden
Comité científico
Alvaro Bianchi, Andréia Galvão, Anita Chan, Asef Bayat, Beverly Silver, Geert van Goethem, John Kelly, Luca Baldissara, Marcel van der Linden, Nicolás Iñigo Carrera, Serge Wolikow, Raquel Varela, Sabyasachi Battacharya, Sjaak van der Velden, Stefan Berger Xavier Domènech, Xavier Vigna.
A II Conferência Internacional Greves e Conflitos Sociais, organizada pela Maison des Sciences de l’Homme de Dijon em parceria com a Associação Internacional Greves e Conflitos Sociais visa abrir novas pistas para pensar a conflitualidade de uma perspectiva pluridisciplinar e global.
A multiplicação contemporânea de conflitos disseminados, bem como a redefinição profunda das práticas na era da globalização, convida a estes deslocamentos do olhar, à abertura internacional de horizontes e ao exame preciso da diversidade das práticas e dos imaginários mobilizados pelos actores sociais.
Uma primeira pista interroga as temporalidades das greves e dos conflitos sociais. A reflexão sobre a evolução das formas de mobilização colectiva e os repertórios de acção tem suscitado abundante literatura. Parece, no entanto, que falta interrogar as cronologias e as suas articulações, bem como os momentos de aceleração e de intensificação dos conflitos, quer se trate dos momentos europeus (1848, o pós I Guerra Mundial) ou mundiais (as greves da guerra fria, 1968, os movimentos dos indignados). Igualmente, o nascimento da «greve moderna» e mais em geral a génese dos repertórios de acção contemporâneos têm apenas a ver com o movimento operário? Que lugar atribuir nomeadamente ao mundo rural? A este respeito, a questão dos conflitos sociais deve também ser recolocada numa longa duração que interroga, a montante, as mutações das sociedades industriais, a reconfiguração da «economia moral» e, a jusante, a evolução dos conflitos nos meios populares e a sua extensão a outros universos sociais.
A segunda perspectiva visa questionar a diversidade das práticas do conflito. Se as organizações políticas e sindicais concentraram durante muito tempo a atenção, convém que nos debrucemos também sobre a diversidade dos protagonistas envolvidos, na origem das práticas quotidianas plurais que caracterizam os conflitos. Poderemos examinar como os actores se coordenam para tornar a acção eficaz, como se sobrevive durante o conflito, como comunicam entre eles e com o exterior. Como se punem os fura-greves e aqueles que rompem com o grupo contestatário. De que maneira a greve e o conflito redefinem as relações sociais no seio da comunidade, da cidade, da fábrica? A questão das relações entre protagonistas parece aqui essencial: relações de género e entre gerações, relações entre grupos estrangeiros e nacionais, entre dominados e dominantes, etc.
A terceira dimensão convida-nos a questionar as greves e os conflitos sociais a partir de uma reflexão sobre as escalas de análise pertinentes, entre as abordagens globais, comparativas e cruzadas. Poderá tratar-se de interrogar as transferências e trocas transnacionais em redor de um conflito, a circulação das palavras de ordem, dos apoios, dos protagonistas, bem como os vectores que permitem a internacionalização de uma luta (as diversas internacionais ou os media, por exemplo). Mas pode também tratar-se de propor estudos comparados em redor de um tipo de prática ou de um grupo singular para lá das fronteiras habituais. As propostas no domínio da historiografia ou da metodologia serão igualmente bem-vindas.
Enfim, a última perspectiva pretende questionar o após conflito. Trata-se de reinterrogar as lógicas mais visíveis de saída do conflito (derrota e/ou vitória, papel do Estado, violência repressiva ou conciliação), mas também as suas formas mais discretas como os processos de construção de uma narrativa, a construção do esquecimento através da supressão dos indícios, ou ainda as questões da memória que qualquer greve ou mobilização colectiva levanta (como reificar a gesta conflitual ou enriquecer o passado?).
O após conflito convida ainda a questionar os seus efeitos em termos de redefinição das lógicas de acção, de recomposição das normas e dos discursos. O conflito, mesmo quando fracassa dramaticamente, inaugura uma aurora ou um crepúsculo?
Calendário :
· Apresentação de papers: 15 Julho de 2012 a 10 Dezembro de 2012
· Notificação da aceitação: 15 de Janeiro de 2013
· Programa preliminar: 1 de Fevereiro de 2013
· Entrega do paper: até 30 de Março de 2013
· Programa final: 15 de Abril de 2013
Entrega e do paper
O prazo final para entrega de papers/artigos é 30 de Março de 2013. Os papers não devem exceder as 5000 palavras (incluindo espaços), em times new roman, corpo 12, entrelinhado de 1,5.Nenhum paper/artigo será aceite após esta data.
Línguas da Conferência
As línguas da Conferência são: Inglês, Francês, Espanhol, Português e Italiano.
Registo e Contactos
Webpage: http://iassc-mshdijon.in2p3.fr/spip.php?article61&lang=es
Contacto : jean-marc.bourgeon@u-bourgogne.fr
Informações diversas:
Serão organizados um jantar e uma excursão
Inscrição:
Alunos de doutoramento/pós-doc: 30 euros
Professores/Investigadores de carreira: 50 euros
Presentación de comunicaciones - Conferencia internacional / II Conferencia Internacional de huelgas
iassc-mshdijon.in2p3.fr
II Conferencia Internacional de huelgas y conflictos sociales Aproximaciones combinadas a la conflictividad (del siglo XVIII hasta nuestro presente)
II Conferência Internacional Greves e Conflitos Sociais
Abordagens cruzadas da conflitualidade
(do século XVIII aos nossos dias)
Maison des Sciences de L’Homme
Dijon, França
15, 16, 17, 18 Maio de 2013
Organização:
Maison de Sciences de L’Homme
International Association Strikes and Social Conflicts
Comité organizador : Serge Wolikow, Jean-Marc Bourgeon, Nélia Roulot, Raquel Varela, Sjaak van der Velden
Comité científico
Alvaro Bianchi, Andréia Galvão, Anita Chan, Asef Bayat, Beverly Silver, Geert van Goethem, John Kelly, Luca Baldissara, Marcel van der Linden, Nicolás Iñigo Carrera, Serge Wolikow, Raquel Varela, Sabyasachi Battacharya, Sjaak van der Velden, Stefan Berger Xavier Domènech, Xavier Vigna.
A II Conferência Internacional Greves e Conflitos Sociais, organizada pela Maison des Sciences de l’Homme de Dijon em parceria com a Associação Internacional Greves e Conflitos Sociais visa abrir novas pistas para pensar a conflitualidade de uma perspectiva pluridisciplinar e global.
A multiplicação contemporânea de conflitos disseminados, bem como a redefinição profunda das práticas na era da globalização, convida a estes deslocamentos do olhar, à abertura internacional de horizontes e ao exame preciso da diversidade das práticas e dos imaginários mobilizados pelos actores sociais.
Uma primeira pista interroga as temporalidades das greves e dos conflitos sociais. A reflexão sobre a evolução das formas de mobilização colectiva e os repertórios de acção tem suscitado abundante literatura. Parece, no entanto, que falta interrogar as cronologias e as suas articulações, bem como os momentos de aceleração e de intensificação dos conflitos, quer se trate dos momentos europeus (1848, o pós I Guerra Mundial) ou mundiais (as greves da guerra fria, 1968, os movimentos dos indignados). Igualmente, o nascimento da «greve moderna» e mais em geral a génese dos repertórios de acção contemporâneos têm apenas a ver com o movimento operário? Que lugar atribuir nomeadamente ao mundo rural? A este respeito, a questão dos conflitos sociais deve também ser recolocada numa longa duração que interroga, a montante, as mutações das sociedades industriais, a reconfiguração da «economia moral» e, a jusante, a evolução dos conflitos nos meios populares e a sua extensão a outros universos sociais.
A segunda perspectiva visa questionar a diversidade das práticas do conflito. Se as organizações políticas e sindicais concentraram durante muito tempo a atenção, convém que nos debrucemos também sobre a diversidade dos protagonistas envolvidos, na origem das práticas quotidianas plurais que caracterizam os conflitos. Poderemos examinar como os actores se coordenam para tornar a acção eficaz, como se sobrevive durante o conflito, como comunicam entre eles e com o exterior. Como se punem os fura-greves e aqueles que rompem com o grupo contestatário. De que maneira a greve e o conflito redefinem as relações sociais no seio da comunidade, da cidade, da fábrica? A questão das relações entre protagonistas parece aqui essencial: relações de género e entre gerações, relações entre grupos estrangeiros e nacionais, entre dominados e dominantes, etc.
A terceira dimensão convida-nos a questionar as greves e os conflitos sociais a partir de uma reflexão sobre as escalas de análise pertinentes, entre as abordagens globais, comparativas e cruzadas. Poderá tratar-se de interrogar as transferências e trocas transnacionais em redor de um conflito, a circulação das palavras de ordem, dos apoios, dos protagonistas, bem como os vectores que permitem a internacionalização de uma luta (as diversas internacionais ou os media, por exemplo). Mas pode também tratar-se de propor estudos comparados em redor de um tipo de prática ou de um grupo singular para lá das fronteiras habituais. As propostas no domínio da historiografia ou da metodologia serão igualmente bem-vindas.
Enfim, a última perspectiva pretende questionar o após conflito. Trata-se de reinterrogar as lógicas mais visíveis de saída do conflito (derrota e/ou vitória, papel do Estado, violência repressiva ou conciliação), mas também as suas formas mais discretas como os processos de construção de uma narrativa, a construção do esquecimento através da supressão dos indícios, ou ainda as questões da memória que qualquer greve ou mobilização colectiva levanta (como reificar a gesta conflitual ou enriquecer o passado?).
O após conflito convida ainda a questionar os seus efeitos em termos de redefinição das lógicas de acção, de recomposição das normas e dos discursos. O conflito, mesmo quando fracassa dramaticamente, inaugura uma aurora ou um crepúsculo?
Calendário :
· Apresentação de papers: 15 Julho de 2012 a 10 Dezembro de 2012
· Notificação da aceitação: 15 de Janeiro de 2013
· Programa preliminar: 1 de Fevereiro de 2013
· Entrega do paper: até 30 de Março de 2013
· Programa final: 15 de Abril de 2013
Entrega e do paper
O prazo final para entrega de papers/artigos é 30 de Março de 2013. Os papers não devem exceder as 5000 palavras (incluindo espaços), em times new roman, corpo 12, entrelinhado de 1,5.Nenhum paper/artigo será aceite após esta data.
Línguas da Conferência
As línguas da Conferência são: Inglês, Francês, Espanhol, Português e Italiano.
Registo e Contactos
Webpage: http://iassc-mshdijon.in2p3.fr/spip.php?article61&lang=es
Contacto : jean-marc.bourgeon@u-bourgogne.fr
Informações diversas:
Serão organizados um jantar e uma excursão
Inscrição:
Alunos de doutoramento/pós-doc: 30 euros
Professores/Investigadores de carreira: 50 euros
Presentación de comunicaciones - Conferencia internacional / II Conferencia Internacional de huelgas
iassc-mshdijon.in2p3.fr
II Conferencia Internacional de huelgas y conflictos sociales Aproximaciones combinadas a la conflictividad (del siglo XVIII hasta nuestro presente)