Margarida Portela

As grandes figuras públicas possuem uma história que reflecte exactamente a vertente pública que possuem ou possuiram, algures no passado. Contudo, os pormenores pessoais, íntimos, encontram-se frequentemente no domínio da esfera familiar. O Contra - Almirante Leote do Rego foi, sem sombra de dúvida, umas das personagens mais influentes dos primórdios da Republica, e conhecida figura na Lisboa e no Portugal da Grande Guerra. Contudo, o que aqui se espelha não é essa parte da história mais conhecida. Seu neto trás até nós os pormenores mais desconhecidos de uma vida que ficou amplamente marcada pelo percurso português durante o conflito e que, por causa deste e das suas escolhas, assim como os desígnios portugueses que elegeram Sidónio Pais, foi obrigado ao exílio e à sua sobrevivência no mesmo... Este é um vislumbre do seu lado mais pessoal, que nos trás Luis Leote, neto do Contra-Almirante Leote do Rego.

Francisco Avelino de Sousa Amado partiu para França, em 1917, como alferes veterinário. Promovido a Tenente, ali permaneceu até 24 de Julho de 1919. O seu sobrinho-bisneto resgata agora a sua memória, nesta história que nos trás a presença de Francisco no teatro de guerra europeu durante a Primeira Guerra Mundial.

Sessão extraordinária da Câmara dos Deputados para discussão de uma proposta de lei autorizando o governo a intervir militarmente na I Grande Guerra como aliado da Grã-Bretanha. Na tribuna do corpo diplomático encontra-se o Ministro da Inglaterra em Portugal.

Raul de Carvalho foi enviado para França como parte da equipa médica que apoiaria os soldados do Corpo Expedicionário Português. Vacinou e cuidou e soube também o que eram os perigos da guerra, tendo estado em Calais durante os bombardeamentos que ali foram feitos, em plena luz do dia. Das suas vivências produziu um diário, que nos conta como viveu a sua experiência de guerra.