Luís Jerónimo tem imenso orgulho na pesquisa que faz sobre o seu avô. Pesquisa que o levou a uma intensa procura sobre tudo o que conseguia encontrar sobre António Dias, militar do CEP, combatente do 9 de Abril de 1918 e prisioneiro dos Alemães. “Nas garras da Kultur” seria o título da obra que depois escreveria, muito difícil de encontrar, e sobejamente procurada pelo seu neto. Recordamos agora António Dias, através das palavras do seu cunhado, e com a clara esperança de que seu neto descubra mais informações e dados que nos ajudem a clarificar a vida deste honrado combatente português da Grande Guerra. 

António Alves Lameiro desapareceu em combate e foi prisioneiro de guerra na Alemanha em 1918. No ano seguinte, regressa ao país e passa ao Batalhão nº2 da Guarda Nacional Republicana (G.N.R). Continua a exercer funções dentro da G.N.R até passar à situação de reforma, em 1949. Morre a 22 de Março de 1959. 

António Coelho fez parte do Corpo Expedicionário Português (C.E.P) e da Companhia de Projectores nº143. Foi punido diversas vezes, até ao término da guerra, por não cumprir as ordens da sua companhia. Mais tarde, depois de ter regressado ao país, integra o Batalhão nº2 da Guarda Fiscal (3ª Companhia). 

António Manuel Palmeiro fez parte do Corpo Expedicionário Português (C.E.P) e da Companhia de Saúde. Baixa ao Hospital em 1918 e, no ano seguinte, regressa ao país e integra o Batalhão nº1 da Guarda Fiscal (4ª e 5ª Companhia). 

De Eurico Cunha Barbeitos da Silva pouco se sabe. Chegou até nós nos Dias da Memória, trazido por Victor Neto, em meio a um enorme espólio, mas sem memórias. A curiosidade levou-nos a procurar saber mais acerca deste homem que, em pé, se faz acompanhar de outros camaradas convalescentes de guerra em Ambleteuse. E uma legenda que diz que faziam parte do sacrificado e infeliz R.I. 7. Quem era Eurico? Como teria adoecido. Esta é a história de um homem, um gaseado, e um convalescente desconhecido até agora, um soldado da Grande Guerra. 

João Maltez sempre ouviu rumores e pequenas referências familiares que mencionavam que o seu bisavô, de seu nome José Augusto da Rocha, tinha sido combatente da Grande Guerra. Como em tantas famílias portuguesas, ou por ser um tema difícil ou pelo tempo já passado, não se falava muito no assunto, o que deixou João Maltez intrigado e ainda mais curioso, mas sem dados que pudesse usar para corroborar as suas desconfianças. Este é o resultado do seu processo de descoberta sobre a vida do seu bisavô. Uma viagem pessoal que levou João Maltez a descobrir um pouco mais sobre outra viagem, feita há quase 100 anos, de um jovem rapaz português rumo às terras distantes de França. 

Maria Madalena Dias Marques Contente veio aos Dias da Memória na Assembleia da República com o claro desejo de recordar o seu avô materno, Francisco Dias Júnior, ao qual ouviu, enquanto criança, as histórias que o mesmo contava sobre a sua ida a uma antiga guerra, já longínqua, soando a aventura e desconhecido. Com o avançar da entrevista, viria a referir que Francisco não foi à guerra sozinho. Na sua família também o irmão António foi enviado para combater na grande conflagração mundial. Esta é a história e a memória das suas próprias memórias de infância.